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Ciúmes


 

Tenho ciúmes de ti.
Ciúme que arde ,
como uma ferida aberta e sem remédio.
Ciúme que me impulsiona a lutar 
para que sejas meu.
Apenas meu.

Como uma leoa consumida pelo
fogo da paixão,
desejando o eclipse dos nossos corpos,
perco-me em conjecturas.
Submissa à incerteza do amanhã,
o ciúme torna-se o protagonista.

Tenho ciúme dos beijos que não são meus,
do abraço que não me consola,
e do cheiro que não posso sentir.

Esconjuro os ventos que tocam teu rosto, 
por invejá-los por tal espetáculo.
É como se tu fostes o sol aplaudido pelas nuvens;
E eu a lua,
que sem tua luz não poderia competir com as estrelas.


                                                                        (Yara Morais)

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