A neutralidade que acompanha intimamente o silêncio torna as relações superficiais, repleta de lacunas que jamais conseguem ser preenchidas, pois aquele que silencia não quer os sentimentos íntimos revelados e o que grita é visto como desequilibrado ou abusivo. Todos temos direito a silenciar algumas vezes na vida. Ah! Eu também já silenciei.
Já silenciei quando o assunto não me dizia respeito, ou quando eu sabia que mesmo que o conteúdo fosse de minha competência o que eu falasse não iria ser aceito. Devo gastar vela com defunto ruim? Tô fora!
Silenciar significa ter uma faca de dois gumes em mãos ou uma arma engatilhada, cujo este na boca do sábio constrói e na do tolo destrói. O método do silêncio em certas ocasiões pode destruir relações por estas necessitarem de um diálogo, que muitas vezes pode ser a chave do conflito. Logicamente você não irá dialogar com uma mulher em TPM, opte por comprar-lhe chocolates e x-tudo com refrigerante, e também não dialogará com um homem numa final de campeonato de futebol, certamente essa atitude implicaria em um "Cai fora!".
Algumas relações acompanham o narcisismo, relações tóxicas com pessoas manipuladoras e controladoras que utilizam deste método para torturar psicologicamente o seu parceiro, deixando-o desnorteado por não encontrar as respostas adequadas para diversas situações e que muitas vezes são simples, como por exemplo "Onde você estava?", pois aquele que controla jamais te permitirá estar no controle.
Reforço aqui, que se você é daquele tipo que adora dialogar, como a pessoa que vos escreve este texto, corra para os pés "baterem na bunda" de pessoas que utilizam o silêncio como pretexto para qualquer situação, pois aquele que muito se omite, certamente tem algo a esconder e as atitudes descrevem bem a personalidade de cada ser.
(Yara Morais)
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